A Barzel Properties firmou um acordo para adquirir a icônica sede da IBM Brasil, localizada na Zona Sul de São Paulo, com vista para o Parque do Ibirapuera.
Construído na década de 1970, o edifício possui 86,6 mil metros quadrados de área construída e é conhecido como "mainframe", em referência aos computadores centrais que marcaram a história da IBM.
A transação foi estruturada como uma operação de sale and leaseback, na qual a IBM vende o imóvel, mas continua ocupando uma parte significativa dele como locatária. O restante do espaço será disponibilizado para outras atividades econômicas pela compradora.
A aquisição está sendo realizada por uma sociedade de propósito específico (SPE) vinculada à Barzel e ao GIC Realty, braço imobiliário do fundo soberano de Cingapura, que é sócio da gestora. O valor da transação não foi oficialmente divulgado, mas estimativas indicam que o negócio gira em torno de R$ 240 milhões.
A operação ainda está sob análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Para mais detalhes sobre a atuação da Barzel Properties, você pode visitar o site oficial da empresa: Barzel Properties
Uma curiosidade sobre o icônico projeto de 1970 do Aflalo era que inicialmente a IBM iria construir construir duas torres. Uma perpendicular a outra. (ver fotos abaixo)
Porém, por determinação da matriz nos EUA, o projeto foi executado apenas com uma torre única.
Sede IBM-SP
O icônico Edifício de 1970, projetado pelo renomado Escritório
de Arquitetura Aflalo Gasperini Arquitetos
- Local: São Paulo, SP
- Área do Terreno: 8.000m²
- Área Construída: 45.177m²
·
Autores: Plínio Croce, Roberto Aflalo e Gian
Carlo Gasperini
Este é um dos mais conhecidos prédios de concreto aparente
criados pelo escritório Aflalo Gasperini, embora se afaste completamente dos
preceitos da escola paulista.
A torre de base alargada abriga os escritórios da filial
brasileira de multinacional e segue a tendência da arquitetura internacional de
introduzir ângulos à composição cartesiana.
Neste edifício, a base alargada destina-se ao lobby de
acesso – com o dobro da área do andar tipo – e a mais 4 pisos de ambientes
complementares do programa, como o refeitório, por exemplo. Os demais 16
andares tipo são destinados a escritórios, com lajes de 1.500 metros quadrados,
nos quais os elevadores são centrais e nas extremidades encontram-se escadas,
sanitários e apoios.
Curiosamente, são visíveis no desenho as origens de duas
escolas arquitetônicas diversas: por um lado, a saliência estrutural junto à
caixilharia possui origem miesiana; por outro, a contraposição de empenas cegas
nas faces menores com áreas envidraçadas na face maior é corbusiana.
O edifício possui grande visibilidade urbana graças à
implantação em 90º em relação à avenida Vinte e Três de Maio, via expressa
importante que interliga o Centro e a Zona Sul de São Paulo.
O projeto contou com a participação do arquiteto uruguaio
Ernesto Tuneo, então funcionário do escritório.
Fotos: Gal Oppido
Ilustração: Vallandro Keating